'Que eu não perca minha sensibilidade, mesmo sabendo que isso me arranha a alma...'
Em meio à calamidade no Rio de Janeiro, sinto-me impotente e ingrata... Impotente, por ver a dor do outro e não poder fazer nada para amenizá-la, por ver famílias inteiras sendo destruídas e aos sobreviventes, não restam-lhe nada, além da dor e do vazio do caos. Ingrata porque mesmo tendo tudo: família, casa, minha vida... ainda assim, há momentos em que não valorizo o suficiente essa bênção, o que torna-se evidente numa catástrofe como essa...
Não é preciso sentir dor para valorizar a saúde, nem tão pouco perdermos nosso lar para valorizar nossa família, nem perdermos a dignidade para valorizar quem somos.
Sejamos solidários ao próximo. Mas quem é o nosso próximo? O bom samaritano sabia essa resposta. Um homem estava precisando de ajuda; passou por ele um sacerdote, e o ignorou, o 'problema' não era dele; passando um levita, também o ignorou, afinal, o 'problema' também não era dele. Porém, quando o samaritano chegou onde estava o homem, o ajudou, e cuidou dele, o 'problema' era dele! Reconheceu nele o seu próximo. (Lc. 10:25-37)
Sigamos o exemplo do bom samaritano, que cumpriu o único mandamento, soube amar o próximo como a si mesmo. Essa é a nossa lei: o Amor!!!